A desculpa das empresas que disputam o TREM-BALA para conseguir maiores contrapartidas do governo, de que é difícil levantar dinheiro no mercado para financiar a obra, não procede. Se fosse necessário, apenas os chineses individualmente (aliás, donos da única linha comercial de levitação magnética do mundo), já teriam dinheiro para financiá-la totalmente, sem precisar sequer de recursos do BNDES ou da ETAV. Os juros na China estão próximos de 3% ao ano. E o país possui mais de 3 trilhões de dólares em reservas internacionais.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
O CADE, A BRASIL FOODS E O FUTURO DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL DE ALIMENTOS.
Na avaliação das questões relacionadas ao futuro da BRF – Brasil-Foods, empresa originada da fusão da Sadia com a Perdigão, cabe ao CADE considerar não apenas os interesses imediatos do consumidor, mas também os da nação a longo prazo.
É preciso entender que o mercado brasileiro não é estanque, mas sim parte de um mercado global disputado, de forma encarniçada, por gigantescas empresas multinacionais, como a Nestlé e a Unilever.
Nessas circunstâncias, é fácil perceber como é crucial, do ponto de vista estratégico, para o Brasil, maior exportador mundial de alimentos e também um dos maiores consumidores, dispor de grandes players para fazer frente, em toda a cadeia produtiva, no mercado global e no mercado interno, aos grandes grupos multinacionais.
PARA REGULAR O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS, SÓ COM A VOLTA DOS POSTOS PRÓPRIOS DA PETROBRAS.
Interessante e conseqüente a proposta do Governo de utilizar a BR (distribuidora de combustíveis da Petrobras) para combater os aumentos abusivos de combustíveis, praticados pelos donos dos postos de gasolina e pelas bandeiras concorrentes.
Mas atuar sobre a distribuição não basta, já que a BR não tem poder de obrigar os seus revendedores a baixar o preço na bomba. A saída para isso pode ser aumentar o número de postos próprios da Petrobras, mesmo que via aquisições.
Aí sim a BR poderia contribuir decisivamente, como já fazem o BB e a CEF no caso das tarifas bancárias, para impedir o vergonhoso “laissez-faire”, vigente em tantos setores da economia, que possibilita e promove, muitas vezes, um verdadeiro assalto ao bolso do consumidor.
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